A nota produzida por Michel Temer (MDB) e publicada por Jair Bolsonaro na última quinta-feira 9 fez a popularidade do presidente nas redes sociais atingir o menor patamar em 2021, segundo o Índice de Popularidade Digital, medido pela Quaest. A informação é do jornal Folha de S. Paulo.
Conforme os dados, Bolsonaro vivia seu melhor momento nas redes nos dias que antecederam os atos antidemocráticos do 7 de Setembro, chegando ao ápice de 81,8 pontos após as ameaças que fez ao ministro Alexandre de Moraes. Marcas semelhantes foram atingidas nas primeiras motociatas.
No dia seguinte, no entanto, ao pedir que caminhoneiros bolsonaristas desbloqueassem as estradas, o IPD do ex-capitão passou a registrar uma queda vertiginosa. 62,4 no dia 8 e 53,7 na quinta-feira, dia da divulgação da nota.
Na sexta-feira 10, dia de maior repercussão negativa do recuo de Bolsonaro entre a base de apoiadores, a popularidade nas redes do presidente continuou em queda livre e chegou a 37,1, a pior marca em 2021, superando os dias em que a CPI da Covid avançou nas investigações sobre suspeitas de corrupção na compra de vacinas.
Os dados confirmam as declarações de aliados bolsonaristas, que não receberam o recuo do presidente de forma positiva. O deputado Otoni de Paula (PSC-RJ) afirmou que Bolsonaro deixou de ser um ‘leão’ para se tornar um ‘gatinho’ ao negar ‘rugir’ para Moraes. A avaliação do parlamentar foi de que o presidente se ‘apequenou’. Outros bolsonaristas tiveram reações semelhantes.
O índice medido pela consultoria Quaest avalia o o desempenho de políticos nacionais no Facebook, no Instagram, no Twitter e no YouTube, além dos sites Wikipedia e Google. O levantamento determina uma escala de popularidade digital entre zero e cem com base em seis fatores: fama, engajamento, mobilização, valência, presença e interesse.
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