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‘Capitã Cloroquina’ e marido de Carla Zambelli se filiam ao partido de Bolsonaro

Os anúncios foram feitos via redes sociais da médica negacionista Mayra Pinheiro

Foto: Reprodução/Redes Sociais
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A secretária de Gestão do Trabalho e da Educação do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, conhecida como ‘Capitã Cloroquina’, anunciou nesta quarta-feira 2 a filiação ao PL, novo partido de Jair Bolsonaro e comandado por Valdemar Costa Neto.

Pelas redes sociais, ela também confirmou a filiação de Antônio Aginaldo de Oliveira, coronel marido da bolsonarista Carla Zambelli (PSL-SP) e atual comandante da Força Nacional.

A expectativa é de que ela concorra a uma vaga como deputada federal nas eleições de outubro deste ano. Oliveira também deverá entrar na disputa por uma cadeira no Congresso.

Ao posar para foto ao lado do mensaleiro dono do partido do Centrão, Mayra descreveu a filiação como o início de ‘uma nova história a serviço do Brasil’. Sobre a filiação do coronel, a médica publicou:

“2 cearenses, duas áreas essenciais, saúde e segurança pública, e um só compromisso: servir ao Brasil”, escreveu a Capitã Cloroquina na legenda da imagem.

Mayra ficou conhecida por defender métodos negacionistas de combate à pandemia, em especial o uso do ineficaz kit covid, de onde veio seu apelido. Ela teve atuação crucial nas decisões que causaram a crise humanitária em Manaus, quando o sistema de saúde local colapsou após o governo optar pelo uso do kit covid, atrasar o envio de respiradores e priorizar uma suposta ‘imunidade de rebanho’ na população.

Ela foi uma das listadas pela CPI da Covid na longa indicação de indiciamento. Atualmente, ela processa os senadores Omar Aziz (PSD-AM), Renan Calheiros (MDB-AL) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP) por supostos crimes de violação de sigilo funcional, violência psicológica contra a mulher, discriminação e perseguição. O caso também foi denunciado no Tribunal Penal Internacional, em Haia.

Já o marido de Zambelli foi alçado por Bolsonaro ao comando da Força Nacional de Segurança Pública. O coronel, assim como sua esposa, era próximo de Sergio Moro (Podemos), escolhido pela dupla como padrinho de casamento, a cerimônia, celebrada em uma loja da maçonaria, foi amplamente repercutida nas redes sociais na ocasião. Mais tarde, o ex-ministro se disse ‘constrangido’ por ter aceitado o convite.

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