CartaExpressa
Canais bolsonaristas removem mais de 4 mil vídeos do Youtube após a eleição
A página que mais excluiu arquivos é a do deputado federal eleito Gustavo Gayer (PL-GO)


Dois dias após a eleição de Lula (PT), 59 canais bolsonaristas tiraram do ar, por conta própria, mais de 4,2 mil vídeos do Youtube. O monitoramento foi feito pela empresa de análise de dados Novelo Data e divulgado nesta quinta-feira 3 pelo jornal O Globo.
Um dos perfis é o do presidente Jair Bolsonaro (PL), que removeu um vídeo intitulado Lula humilha o Trabalhador Brasileiro em nome de contribuição sindical obrigatória. O conteúdo trazia uma declaração editada do petista, a fim de associá-lo ao fim do MEI durante a campanha. Já na reta final do pleito, o Tribunal Superior Eleitoral determinou a exclusão da gravação.
O perfil que mais deletou arquivos é o do deputado federal eleito Gustavo Gayer (PL-GO), com 1,6 mil vídeos tirados do ar. De um total de 2.286 vídeos em seu canal, Gayer tem agora 680. Entre os conteúdos apagados, 308 direcionavam ataques a Lula ou ao PT e 159 citavam já no título o Tribunal Superior Eleitoral, o Supremo Tribunal Federal ou o ministro Alexandre de Moraes.
Também aparece no monitoramento o canal da produtora Brasil Paralelo, que excluiu 82 vídeos. A página, por decisão do TSE, foi proibida de impulsionar conteúdos nas redes sociais e de exibir um documentário sobre a facada sofrida por Bolsonaro em 2018.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Alckmin diz que Bolsonaro se colocou à disposição para colaborar com transição
Por Victor Ohana
Bolsonaro cumprimenta Alckmin em rápido encontro no Palácio do Planalto
Por CartaCapital
Após TSE barrar grupos golpistas no Telegram, bolsonaristas migram para chat dos anos 90
Por CartaCapital