O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia, Omar Aziz (PSD-AM), garantiu que a CPI que vai investigar ações e omissões do governo federal terá “início, meio e fim”.
Em entrevista à Globonews no último domingo 18, o senador reforçou que não dá “para fazer de conta que não aconteceu nada” neste período.
“A CPI vai ter início, meio e fim. Não dá para uma pessoa como eu, do estado do Amazonas, que foi um dos estados que mais sofreram com a pandemia, fazer de conta que não aconteceu nada. O Brasil tem em torno de 2,5% da população mundial, e nós representamos 26% de óbitos”, afirmou Aziz.
“Vamos chegar em uma semana a mais de 400 mil óbitos. Em outubro de 2019, todos os cientistas, as pessoas que trabalhavam no Ministério da Saúde já sabiam que a pandemia ia chegar no Brasil. O Brasil não fez absolutamente nada para impedir a entrada do vírus no início”, acrescentou Aziz.
Na conversa, o parlamentar ainda disse que não quer crucificar ninguém antecipadamente, ” e sim investigar os fatos”.
“Por que não teve oxigênio pro povo do Amazonas? Por que não fizemos acordo para comprar vacina? Nós temos relações comerciais com o mundo todo, o Brasil não tem inimigos, e nós temos dificuldade de trazer insumos para produzir vacinas”, declarou.
Já o relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), disse que não entende a reação negativa do Planalto ao seu nome e que vai defender a investigação de todos.
“É um despropósito inusitado. Sinceramente não sei por que isso acontece (resistência do governo). Quero dizer que sou parlamentar de longo curso. Não cheguei agora. Não quero fazer fama na CPI. E tenho, tanto quanto o presidente Omar, responsabilidade com relação ao aprofundamento dessa investigação. Vamos fazê-la com absoluta responsabilidade, com isenção. Não tem por que o presidente (Bolsonaro) ficar preocupado. Não vamos fazer força-tarefa, não vamos fazer powerpoint contra o presidente da República, nada. Vamos apurar fatos”, afirmou
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