CartaExpressa

Brasil fechará esta quarta com a 2ª maior taxa real de juros no mundo

Se o Copom optar pela manutenção da Selic, o índice real será de 9,74%

Brasil fechará esta quarta com a 2ª maior taxa real de juros no mundo
Brasil fechará esta quarta com a 2ª maior taxa real de juros no mundo
Reunião do Copom em 29 de janeiro de 2025. Foto: Raphael Ribeiro/ Banco Central
Apoie Siga-nos no

O Brasil terminará esta quarta-feira 5 com a segunda maior taxa real de juros no mundo, segundo um monitoramento das consultorias MoneYou e Lev Intelligence. No fim da tarde, o Comitê de Política Monetária anunciará se mantém ou altera a taxa básica de juros, atualmente em 15% ao ano.

Independentemente da decisão do colegiado, o País fechará o dia na segunda colocação. Se o Copom optar pela manutenção, a taxa real será de 9,74% — atrás apenas da Turquia, com seus 17,8%. Em caso de corte de 0,25 ponto (hipótese considerada improvável pelo mercado financeiro), o índice será de 9,41% — superior aos 9,1% da Rússia, terceiro país na lista.

Para calcular o índice real, leva-se em conta a taxa de juros “a mercado” — ou seja, um referencial do que seriam juros tomados em uma operação real — e a inflação projetada para os 12 meses seguintes.

Segundo o Boletim Focus da última segunda-feira 3, elaborado pelo Banco Central após ouvir instituições financeiras, a estimativa de inflação para 2025 recuou de 4,56% para 4,55%. A meta é de 3%, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima (4,5%) ou para baixo (1,5%).

Na última terça 4, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), voltou a defender um corte nos juros. “Se fosse, eu votava pela queda, porque não sustenta 10% de juro real”, argumentou. “Teremos a menor inflação em quatro anos, o menor desemprego da série histórica e o maior crescimento desde 2010.”

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo