O senador Renan Calheiros (MDB-AL) reagiu à suposta ameaça de golpe feita pelo general Walter Braga Netto, ministro da Defesa, a Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara. Segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo, o ministro teria dito ao parlamentar que se o voto impresso não fosse aprovado, não haveria eleições em 2022.
Calheiros fez duras críticas e pediu a demissão imediata do general do cargo.
“As declarações de Braga Netto, irresponsáveis e inconsequentes, ofendem a Constituição e o povo. Ele tem que ser exonerado o quanto antes, removido do posto que ocupa”, publicou nas redes sociais.
O senador destacou que a declaração do ministro é uma ameaça ‘grave’, ‘armada’ e uma ‘tentativa de amedrontar pelo terror’. Para Calheiros, o episódio revela que o general foi alçado ao posto por Bolsonaro para ‘ameaçar as instituições democráticas’.
O emedebista completou ainda que o episódio reforça a ‘obsessão continuísta’ de Bolsonaro e que o ‘ Brasil não pode se sujeitar ao capricho de mantê-lo onde está’.
3) As declarações de Braga Netto, irresponsáveis e inconsequentes, ofendem a Constituição e o povo. Ele tem que ser exonerado o quanto antes, removido do posto que ocupa;
— Renan Calheiros (@renancalheiros) July 22, 2021
Mais cedo, Braga Netto e Arthur Lira negaram que a ameaça de golpe tenha acontecido e chamaram de ‘mentira’ a notícia divulgada pelo jornal. Por nota, o Ministério da Defesa também negou o ocorrido, dizendo se tratar de uma ‘desinformação’ que apenas gera ‘instabilidade aos Poderes’.
Ainda na manhã desta quinta, o ministro do Supremo Tribunal Federal e atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, disse ter conversado com o general e com o deputado e que ambos teriam ‘negado enfaticamente’ o episódio.
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