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Boulos diz que apoia Lula, mas critica aliança com Alckmin: ‘Simbolismo negativo’
‘Eu fui professor na rede estadual quando Alckmin era governador: um desastre’, afirmou o psolista


O pré-candidato do PSOL ao governo de São Paulo, Guilherme Boulos, voltou a criticar a possível formação de uma chapa entre o ex-presidente Lula e o ex-governador Geraldo Alckmin para a eleição de 2022.
Em entrevista à Globonews na sexta-feira 3, o psolista classificou como “mau sinal” o eventual acordo.
“Eu acho que o Lula é o candidato que tem melhores condições de derrotar o Bolsonaro, de tirar o Brasil desse pesadelo. Por isso é que eu defendo a candidatura dele. E acho que a tendência é que o meu partido, o PSOL, também deve apoiá-lo”, afirmou.
“Agora, essa discussão sobre o vice ser o Alckmin, eu considero um mau sinal. Porque, primeiro, tem uma questão do simbolismo negativo. O Alckmin, quando governador de São Paulo, foi quem ordenou o massacre do Pinheirinho, em São José dos Campos [refere-se à ação da PM contra moradores, em 2012]”, acrescentou Boulos.
O pré-candidato ainda relembrou o período em que foi professor da rede estadual paulista para se referir ao ainda tucano.
“Eu fui professor na rede estadual quando Alckmin era governador: um desastre. Salário baixo, sem plano de carreira, faltava papel higiênico. Esse é o legado do governador Alckmin”, emendou Boulos.
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