O presidente Jair Bolsonaro voltou nesta sexta-feira 7 a ameaçar a edição de um decreto para impedir que prefeitos e governadores adotem medidas de distanciamento social para conter a disseminação do novo coronavírus.
“O presidente não receará se tiver que tomar uma decisão. Creio que a liberdade é o bem maior que nós podemos ter. Tenho falado: se baixar um decreto, que já está pronto, todos cumprirão. Por que todos cumprirão? Porque esse decreto nada mais é do que a cópia dos incisos do artigo 5º da Constituição que todos nós juramos defender. O nosso direito de ir e vir é sagrado, a nossa liberdade de crença também e também o trabalho. Não se justifica, daqui para frente, depois de tudo o que nós passamos, fechar qualquer ponto do nosso Brasil”, disse Bolsonaro durante cerimônia de inauguração da Ponte Abunã, em Porto Velho.
“Aquele que abre a mão de parte da sua liberdade em troca de segurança, por menor que seja, acaba no futuro não tendo liberdade, nem segurança. Preferimos morrer lutando do que perecer em casa. O meu Exército jamais irá às ruas para mantê-los dentro de casa”, acrescentou.
Bolsonaro estava acompanhado, entre outros, do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, e do empresário Luciano Hang, dono da Havan.
O artigo 5º, citado pelo presidente, diz que: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País, a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login