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Bolsonaro vai espernear, mas não tem condições de manter um regime de força, diz Haddad

O pré-candidato ainda afirmou ainda que é provável que a união nacional do PT com o PSB não se repita em SP no primeiro turno

Foto: Ricardo Stuckert
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O pré-candidato do PT ao governo de São Paulo, Fernando Haddad, afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (PL) pode até tentar um golpe em caso de derrota na eleição de outubro deste ano, mas não terá força institucional para mantê-lo.

“Vai espernear, mas ele não tem condições externas e internas de manter um regime de força aqui”, declarou o petista em entrevista publicada nesta quinta-feira 26 pelo jornal O Globo. “Até porque são oito milhões de universitários hoje no Brasil. No golpe de 1964, eram 200 mil e, em geral, da elite. A democracia vai ser defendida com unhas e dentes”.

Para o ex-prefeito, o ex-capitão tentará repetir o que fez o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump.

“Ele vai fazer o que o Trump fez, piorado. Se nos Estados Unidos, onde a democracia é mais consolidada, houve cinco mortes, aqui pode ser pior”, avaliou. “Mas não vai ser bem-sucedido. Não vai acontecer o mesmo de 1964”.

O pré-candidato ainda disse que é provável que a união nacional do PT com o PSB não se repita em São Paulo no primeiro turno, já que Márcio França não está disposto a retirar a sua pré-candidatura ao Executivo estadual.

“Nunca mencionei a hipótese de constranger o Márcio a abrir mão da candidatura. Pelo contrário, disse que seria uma honra ter o PSB na chapa, mas que entendia plenamente a condição da manutenção da candidatura dele”, afirmou o petista.

“Hoje o Márcio apoia o Lula, independente de ter duas candidaturas. Isso que tem de ser louvado. Ele não está condicionando o apoio ao Lula à minha desistência. E hoje o mais provável é ter duas candidaturas”, acrescentou.

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