CartaExpressa
Bolsonaro negou compra de 43 milhões de doses de vacinas da Covax
Documentos obtidos pela CPI e divulgados pelo UOL mostram a negociação com o consórcio de vacinas


O governo do presidente Jair Bolsonaro negou a compra de 43 milhões de doses das vacinas do consórcio Covax Facility. Documentos obtidos pela CPI da Covid, e divulgados pelo UOL, mostram que ao optar pela cota mínima, o Brasil deixou de garantir metade dos 86 milhões de imunizantes oferecidos ao país.
A decisão do governo foi de comprar apenas 43 milhões, suficientes para imunizar só 10% dos brasileiros.
Os telegramas sigilosos revelam as tratativas em relação ao pacote e o reconhecimento por parte do governo de que o Brasil seria beneficiado pela existência do mecanismo.
Mesmo reconhecendo a importância do acordo, o governo justificou que as vacinas apresentadas naquele momento não tinham eficácia comprovada. A data da justificativa foi no primeiro semestre de 2020.
Três meses depois, a opção foi por se aproximar à entidade, mas optar pela cota mínima.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Em culto, Bolsonaro distorce dados sobre vacinas para justificar uso de Cloroquina
Por CartaCapital
Bolsonaro recusou vacinas da Pfizer pela metade do preço pago por EUA e Europa
Por CartaCapital