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Bolsonaro me disse que a China teria um território no Brasil se ele perdesse, afirma Delgatti em CPI

O hacker declarou ter sido chamado para uma reunião porque o então presidente desejava que ele ‘comprovasse’ uma suposta falta de lisura na eleição

Foto: Reprodução/Câmara Legislativa do DF
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O hacker Walter Delgatti afirmou nesta quinta-feira 14 que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) elogiou sua atuação na Vaza Jato, originada pela invasão de celulares de autoridades, e disse que lhe apresentaria a “missão de dar liberdade ao povo”.

“[Disse] que iam [a esquerda] implantar o comunismo e que a China iria ter território no Brasil caso ele perdesse”, declarou, em depoimento por videoconferência à CPI dos Atos Antidemocráticos na Câmara Legislativa do Distrito Federal.

Delgatti confirmou seu encontro com Bolsonaro no Palácio da Alvorada, em agosto de 2022. Também teriam participado da reunião a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e o tenente-coronel Mauro Cid, então ajudante de ordens do ex-capitão.

O hacker disse ter sido chamado para a reunião porque Bolsonaro desejava que ele “comprovasse” uma suposta falta de lisura do sistema eleitoral. Entre os planos estariam a invasão de sistemas informatizados do Poder Judiciário e até de urnas eletrônicas. Segundo Delgatti, porém, não há meios de atacar o código-fonte das urnas. “É impossível realizar um ataque externo”, declarou.

Walter Delgatti está preso preventivamente desde 2 de agosto. Naquele dia, a Polícia Federal também cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Zambelli, que nega qualquer irregularidade no caso.

A operação foi deflagrada para identificar os responsáveis por uma invasão a sistemas da Justiça, durante a qual houve a inserção de um falso mandado de prisão contra o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.

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