O presidente Jair Bolsonaro usou parte de sua transmissão ao vivo nesta quinta-feira 12 para desferir novos ataques contra o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Roberto Barroso, que anunciou mais cedo uma série de ações para fortalecer ainda mais a transparência dos mecanismos de auditabilidade do sistema eletrônico de votação.
O chefe do Executivo nacional se mostrou inconformado com a decisão da Câmara dos Deputados de rejeitar a PEC do Voto Impresso, sua principal obsessão.
“Ouvi há pouco na Jovem Pan uma declaração do ministro Barroso dizendo mais motivos para que não fosse oficializado o voto impresso no Brasil. Uma coisa chocou, porque pega muito mal um ministro do STF mentir, como Barroso mentiu aqui agora, quando ele disse que, como as votações são feitas em escolas – realmente parte considerável -, passariam três, quatro semanas contando voto e as criancinhas não poderiam ficar um mês sem aula”, disse Bolsonaro na live, transmitida por seus perfis nas redes sociais.
“Ministro, pega mal mentir dessa maneira, ou então és um tapado que desconhece. Há uma enorme diferença entre ler papel impresso e papel escrito a mão. A apuração seria feita pelos próprios mesários ali na sessão eleitoral. A média é de 400 votos por sessão eleitoral e tem ali em média quatro pessoas tomando conta daquela sessão eleitoral”, acrescentou.
Entre as medidas anunciadas por Barroso nesta quinta está a abertura dos códigos-fonte a partidos e técnicos das siglas a partir de 1º de outubro deste ano, seis meses antes do prazo legal. Assim, as legendas passam a ter um ano para se debruçar sobre os programas que são inseridos nas urnas e permitem a votação e a totalização dos votos.
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