O presidente Jair Bolsonaro indicou o deputado Otoni de Paula (MDB-RJ) para atuar como vice-líder do governo na Câmara dos Deputados. A indicação foi publicada na edição do Diário Oficial da União da sexta-feira 22.
Pastor evangélico, e um dos deputados mais fiéis à base bolsonarista, Otoni disse que recebeu uma missão do presidente: ser o “Pitbull do palácio” e combater ferozmente a esquerda.
Atualmente, o líder do governo na Câmara é o deputado Ricardo Barros (PP-PR). Há, ainda, 14 vice-líderes. O regimento interno da Câmara permite ao presidente da República indicar até 15 vice-líderes dentre os integrantes de partidos que apoiam o governo.
O parlamentar já tinha exercido a função de vice-líder do governo em 2020, mas deixou o cargo em julho daquele ano, após ataques ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Em vídeos gravados e publicados em 2020, o deputado chamou o ministro de “lixo”, “tirano” e “canalha”, entre outras ofensas.
No início do mês, o deputado usou o plenário da Câmara para ameaçar Lula. Ele se referiu ao ex-presidente como ‘bandido’ e acrescentou: “lá no Rio a gente tem um método de tratar bandido, e é na bala”.
A indicação de Bolsonaro foi feita um dia depois do presidente anunciar o perdão da pena do deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), condenado a 8 anos e 9 meses de prisão pelo STF. A medida foi criticada por políticos e especialistas, que apontam “inconstitucionalidade” ou “ilegalidade” do ato do presidente.
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