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Bolsonaro foi levado à PF sem algemas e exposição midiática

A determinação para que o ex-capitão fosse tratado ‘com todo o respeito’ aparece na ordem de prisão preventiva emitida pelo ministro Alexandre de Moraes

Bolsonaro foi levado à PF sem algemas e exposição midiática
Bolsonaro foi levado à PF sem algemas e exposição midiática
Moraes mandou prender Bolsonaro em 22 de novembro de 2025. Foto: Sergio Lima / AFP
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi levado à Superintendência Regional da Polícia Federal no Distrito Federal, onde ficará preso preventivamente, sem algemas e sem exposição midiática. As condições foram impostas pelo ministro Alexandre de Moraes ao decidir pela prisão neste sábado 22.

Segundo escreveu o ministro aos policiais, Bolsonaro deveria ser tratado “com todo o respeito” durante sua captura e deslocamento até a cela. A prisão foi feita nas primeiras horas da manhã, também seguindo solicitação do ministro.

“Expeça-se o mandado de prisão, destinado à Polícia Federal, que deverá ser cumprido no dia 22/11/2025, no período da manhã, observando que a medida deverá ser cumprida com todo o respeito à dignidade do ex-Presidente da República JAIR MESSIAS BOLSONARO, sem a utilização de algemas e sem qualquer exposição midiática. O réu deverá ser recolhido na Superintendência Regional da Polícia Federal no Distrito Federal.”

Moraes determinou a prisão preventiva de Bolsonaro diante de um elevado risco de fuga e de uma alta possibilidade de rompimento da ordem pública por seu apoiadores, convocados pelo filho do ex-capitão, Flávio Bolsonaro (PL-RJ), para uma manifestação na porta do condomínio onde ele cumpria prisão domiciliar.

A suspeita, levada pela PF ao Supremo, é de que o ex-presidente poderia se aproveitar de eventuais confusões para deixar sorrateiramente a residência e se deslocar até uma embaixada. A fuga de outros aliados, como Alexandre Ramagem, Carla Zambelli e Eduardo Bolsonaro, ampliou o temor dos agentes.

Bolsonaro, por fim, tentou romper sua tornozeleira eletrônica na madrugada de sexta-feira 21. Para o ministro, a ação fazia parte do plano de fuga montado por ele e seu entorno.

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