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Bolsonaro diz que Fachin é trotskista e leninista após voto sobre o Marco Temporal

O STF começou a julgar, em agosto, se a demarcação de terras indígenas deve seguir o critério

O ministro Edson Fachin, do STF e do TSE. Foto: Nelson Jr./SCO/STF
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O presidente Jair Bolsonaro acusou o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, de ser “trotiskista lenista” por causa do voto pela revisão do marco temporal para a demarcação de terras indígenas.

A declaração foi dada na quarta-feira 15 em evento na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiespe). Na ocasião, o presidente ainda disse que se for reeleito no ano que vem terá “40% do Supremo a seu favor”.

“O Fachin votou pelo novo marco temporal, não é novidade. Trotskista, leninista.  Kassio empatou. Vista está com o nosso Alexandre de Moraes. Não sei qual vai ser o voto dele, ou quando vai ser.  Se perdermos, eu vou ter que tomar uma decisão porque eu entendo que esse novo marco temporal, simplesmente, enterra o Brasil”, afirmou Bolsonaro.

A uma plateia de empresários, o presidente disse que caso o marco temporal seja revisto terá que tomar uma medida porque a mudança vai “inviabilizar o agronegócio no País”.

O STF começou a julgar, em agosto, se a demarcação de terras indígenas deve seguir o critério do marco temporal, pela qual os indígenas teriam direito somente às terras que ocupavam em 5 de outubro de 1998, data da promulgação da Constituição.

Primeiro a votar, Fachin foi favorável à revisão, que permitiria aos indígenas reivindicar outras terras.

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