Há duas semanas, na abertura da Assembleia-Geral da ONU, Jair Bolsonaro fez um apelo à comunidade internacional pela liberdade religiosa e pelo combate à “cristofobia”.
Nesta segunda 5, o presidente comemorou a retomada de uma conversa com o Mohammad bin Salman, príncipe herdeiro da Arábia Saudita. Ironicamente, o país é um dos mais “cristófobos” do mundo.
– Hoje conversei com o Príncipe Herdeiro da Arábia Saudita, Mohammad bin Salman Al Saud, e dar seguimento às iniciativas acordadas em minha visita a Riade, em out/2019.
– Estamos aprofundando nossa cooperação em Defesa, comércio, investimentos e outros temas.🇧🇷🤝🇸🇦 pic.twitter.com/bBfOJ5cwSC
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) October 5, 2020
A monarquia saudita proíbe o culto público de qualquer outra religião que não o Islã. Também não se pode carregar bíblias, crucifixos e outros símbolos religiosos. Não há, oficialmente, nenhuma igreja cristã em funcionamento no país. A apostasia (renúncia à religião) é punida com pena de morte, mas não há exemplos recentes desse tipo de execução.
A ONG cristã norte-americana Open Doors considera a Arábia Saudita o 13o mais perigoso para seguidores da Bíblia.
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