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Bolsonaro admite que Pazuello se reuniu com estelionatários para compra de vacinas

Presidente defendeu ex-ministro da Saúde e disse que, em Brasília, tem todo tipo de gente para fazer lobby

Eduardo Pazuello e Jair Bolsonaro. Foto: Evaristo Sá/AFP
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O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira 19 que o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello reuniu-se com estelionatários que tentavam vender vacinas ao governo.

Em conversa com apoiadores na porta do Palácio do Alvorada, Bolsonaro tentou justificar o vídeo em que o general aparece negociando a compra de 30 milhões de doses da Coronavac, ao custo de 28 dólares por dose.

“Se tivesse tratando de corrupção não iria ter vídeo. Inventaram a corrupção por pensamento. Em Brasília tem todo tipo de gente para fazer lobby. São estelionatários, não foi para frente. Eu dei a ordem de pagar só quando [a vacina] chegar”, disse Bolsonaro.

O presidente voltou a criticar as ações dos governos estaduais e municipais de combate à pandemia e reconheceu o aumento de preço dos alimentos.

“Não teve a política do fique em casa, a economia a gente vê depois? Salva a economia agora. De forma irresponsável vários governadores e prefeitos trancaram tudo, fecharam o comércio sem comprovação científica, sem nada. Veja o governador de São Paulo, que foi reinfectado. Lembra que eu falava que era uma chuva que tinha que enfrentar?”, questionou.

“Aqui, por exemplo, o pessoal o tempo todo falando do preço do combustível, do arroz, do feijão. Eu sei que subiu, mas não tem capacidade de ver quanto tá o preço do ICMS em seu estado”, acrescentou o presidente.

Bolsonaro mencionou ainda a suposta possibilidade de fraude nas urnas eletrônicas. “Muitas pessoas que eram favoráveis ao voto impresso mudaram de posição. Eleições não auditáveis não são eleições, são fraudes. Eu entrego a faixa para qualquer um, mas em eleições limpas”, declarou.

Por fim, o mandatário ofendeu integrantes da CPI da Covid. Veja o vídeo.

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