O presidente Jair Bolsonaro retomou nesta quarta-feira 15 a suposta tentativa do ex-procurador Deltan Dallagnol de ser indicado ao cargo de Procurador Geral da República. Em conversa com apoiadores no cercadinho do Palácio do Alvorada, o ex-capitão disse que a tática passava pelo convencimento da primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
“Sobre o tráfico de influência de Dallagnol. Na Vaza Jato, tem uma [conversa] em que o Vladimir Aras pergunta ao Dallagnol: ‘você conhece o pastor da primeira dama?’. Ele responde: ‘Conheço'”, citou Bolsonaro.
“Dá para marcar uma audiência para ele?”, teria continuado Aras, nas palavras do presidente, que acusa: “Dallagnol e Vladimir Aras queriam, via minha esposa, colocar o nome na PRG de interesse deles da Lava Jato”.
“No segundo turno, maioria da Lava Jato votou no Haddad. É falta de caráter”, acrescenta Bolsonaro.
Em seguida, o presidente admitiu que não é o melhor nome para o cargo que ocupa, mas disse que não vê ninguém melhor do que ele entre os que são candidatos.
“A política é um self-service, é o que tem na mesa. Não dá para pedir lagosta. O povo tem que entender o que é bom e o que não é bom. Tem dezenas de milhares de pessoas melhores do que eu, mas não são candidatos”, afirmou o presidente.
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