Um militante bolsonarista foi condenado a pagar 5 mil reais em honorários advocatícios da defesa da deputada estadual Mônica Seixas (PSOL-SP) após perder um processo contra a deputada.
Vitor Grané Diniz pediu 35 mil reais de indenização depois de ser detido pela Polícia Militar na ALESP por comportamento suspeito e por ter sido chamado de “assediador” pela deputada nas redes sociais. No entanto, Diniz confessou ter ligado insistentemente no telefone de Seixas “utilizando-se ironias e comentários relacionados à sua beleza, convidando-a para sair”.
“Requerente que agiu como bem entendeu, sem respeitar o direito à intimidade da requerida e que, portanto, deve arcar com as consequências de seus atos – Desnecessária a produção de outras provas, tendo em vista os pedidos descabidos do requerido e a própria confissão dos atos que culminaram na abordagem policial e em sua designação como “assediador”, escreveu o juiz Caio Salvador Filardi, da 3ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, na decisão.
“Não satisfeito com a sucessão de atos reprováveis de perseguição, assédio e importunação, ainda moveu uma ação judicial absolutamente infundada, com o objetivo de dar continuidade a sua pretensão de obstaculizar o trabalho da deputada na ALESP. É uma decisão importante pois mostra que condutas como essa são vedadas em nossa sociedade”, disse Flavio Siqueira, advogado de Monica Seixas no caso.
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