CartaExpressa
Bolsonarista Filipe Martins é absolvido de acusação de racismo
O caso ocorreu em uma sessão no dia 24 de março deste ano quando o assessor da presidência apareceu na TV Senado


O assessor especial da Presidência Filipe Martins foi absolvido nesta sexta-feira 15, pelo juiz Marcus Vinicius Reis Bastos, da 12ª Vara Federal do Distrito Federal, da acusação de racismo por gestos feitos durante uma sessão do Senado.
Em sua decisão, o magistrado afirmou que o Ministério Público Federal adotou uma “interpretação” sobre a conduta adotada pelo assessor, mas apontou não existirem outros elementos para corroborar a acusação.
Na denúncia, a Procuradoria da República no Distrito Federal diz que Martins fez gesto ligado a racistas de supremacia branca e que o assessor publicou em redes sociais ideias, emblemas e símbolos relacionados a símbolos fascistas e de extrema direita, o que demonstraria seu conhecimento do significado do seu gesto.
“Nada há nos autos, contudo, que dê suporte a essas ilações. Em verdade, o Ministério Público Federal presume que o denunciado portou-se com o fim de exprimir mensagem de supremacia da raça branca sobre as demais. Dita versão tem o mesmo valor probante daquela afirmada pelo acusado – a de que estava ‘passando a mão no terno e depois arrumando sua lapela, para remover os vincos -, a saber, nenhum”, escreveu o juiz.
O caso ocorreu em uma sessão do Senado no dia 24 de março deste ano quando Martins estava atrás do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), quando fez o gesto e foi filmado pela TV Senado.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.