CartaExpressa
Bolsa Família reduziu mortalidade infantil em 17%, aponta estudo
Pesquisa realizada entre 2006 e 2015 comparou a situação de famílias beneficiárias e não beneficiárias do programa


O Bolsa Família, programa social de transferência de renda direta às famílias em situação de pobreza e extrema pobreza, foi responsável pela redução da mortalidade infantil em 17%, no período de 2006 a 2015.
A conclusão é de um estudo realizado por pesquisadores do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde da Fiocruz Bahia, em conjunto com a Universidade Federal da Bahia e a Escola de Medicina Tropical e Higiene de Londres. O levantamento foi divulgado nesta terça-feira 28 pelo jornal Folha de S.Paulo.
No período, os pesquisadores avaliaram dados de mais de 6 milhões de famílias brasileiras com crianças menores de cinco anos, sendo 4.858.253 (77%) beneficiárias do Bolsa Família (1.451.113, ou 23%, não estavam no programa). Nas famílias que receberam o benefício, a mortalidade infantil foi 17% menor na comparação com aquelas que não obtiveram o auxílio.
A redução, pontua o estudo, foi ainda mais significativa entre as famílias que tinham crianças prematuras (22%), filhas de mães negras (26%) ou moravam nos municípios mais pobres do País (28%).
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.