O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social informou que encontrou indícios de irregularidades em 2,5 milhões de beneficiários do programa Bolsa Família.
Segundo a pasta, 1,4 milhão de usuários já foram excluídos da folha de pagamento de março e o restante, cerca de 1 milhão, deve ser excluído até dezembro, como parte de um processo de revisão do cadastro único que valida os perfis adequados ao recebimento dos benefícios.
Ao relançar o programa no último dia 2, o presidente Lula (PT) foi enfático em defender a sua fiscalização para que os benefícios cheguem às pessoas em situação de pobreza.
“Esse não é um programa de um governo ou de um presidente da República, mas um programa da sociedade brasileira, que só vai dar certo se a sociedade assumir a responsabilidade de fiscalizar o Cadastro Único. O programa só dará certo se o cadastro permitir que o benefício chegue exatamente às mulheres, às crianças e aos homens que precisam desse dinheiro”, defendeu ao citar a importância, por exemplo, de as instâncias do Ministério Público promoverem convênios de fiscalização.
O Bolsa Família ressurge com uma nova proposta de transferência de renda, garantindo o mínimo de 600 reais por família e um adicional de 150 reais por criança de até seis anos. Também fica garantido o repasse de 50 reais por criança acima dos 7 anos até os 18 e por gestante.
Terão acesso ao programa famílias com renda per capita (por pessoa) de até 218 reais. Também é necessário ter os dados atualizados no Cadastro Único, base do governo com as pessoas em situação de vulnerabilidade.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login