CartaExpressa
BC sobe os juros pela 7ª vez seguida e Selic vai a 9,25% ao ano, maior nível desde julho de 2017
Para a próxima reunião, agendada para daqui 45 dias, o Copom prevê um novo reajuste de 1,5 ponto percentual


O Comitê de Política Monetária do Banco Central elevou nesta quarta-feira 8, mais uma vez, a taxa Selic: de 7,75% para 9,25% ao ano, alta de 1,5 ponto percentual. Trata-se do 7º aumento consecutivo.
Assim, a taxa básica de juros chega ao seu maior patamar desde julho de 2017, quando também marcava 9,25% ao ano.
O mercado financeiro aposta na continuidade desse movimento de elevação dos juros. Relatório Focus divulgado na última segunda-feira 6 mostra que a projeção de mais de 100 instituições financeiras é de que a Selic chegará a 11,25% ao ano no fim de 2022.
Para a próxima reunião, agendada para daqui 45 dias, o Copom prevê um novo reajuste de 1,5 ponto percentual. Se a estimativa se concretizar, a Selic passará pulará para 10,75% ao ano, nível mais elevado desde maio de 2017, quando estava em 11,25%.
Os reajustes da Selic têm, oficialmente, o objetivo de conter o avanço galopante da inflação. A prévia de novembro do IPCA ficou em 1,17%, maior índice para o período desde 2002. Em 12 meses, a inflação já chega a 10,73%, a maior em mais de cinco anos.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Guedes ressuscita ideia de capitalização da Previdência
Por CartaCapital
Guedes ignora recessão, repete que a economia ‘voltou em V’ e diz que o Brasil ‘está de pé’
Por CartaCapital