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Barroso: ‘Saíram à luz os homofóbicos, os misóginos, os racistas. É preciso enfrentá-los’

‘É preciso ter uma compreensão crítica de que há coisas ruins acontecendo, mas é preciso não supervalorizar o inimigo. Nós somos muito poderosos’, acrescentou o magistrado

Luís Roberto Barroso e Jair Bolsonaro. Fotos: Roberto Jayme/TSE e AFP
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O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, afirmou no domingo 10 que, apesar de vivermos um momento em que “em que todos os demônios se liberaram”, é “preciso não supervalorizar o inimigo”. A declaração foi dada em um painel do Brazil Conference, em Boston, nos Estados Unidos.

“Saíram à luz do dia os homofóbicos, os misóginos, os racistas. É preciso enfrentá-los, mas sem a sensação de que nós perdemos”, disse o magistrado. A” causa das mulheres, a causa do meio ambiente, a causa da igualdade racial, a causa da proteção indígenas não são causas progressistas, essas são causas da humanidade”.

No evento, Barroso, mesmo sem citar o presidente Jair Bolsonaro (PL), declarou ainda que “as instituições têm sido capazes de resistir, não sem sequelas”.

“Eu não gostaria de ter uma narrativa que está tudo desmoronando”, afirmou. “É preciso ter uma compreensão crítica de que há coisas ruins acontecendo, mas é preciso não supervalorizar o inimigo. Nós somos muito poderosos”.

No discurso, o ex-presidente do Tribunal Superior Eleitoral citou os ataques feitos às urnas eletrônicas e a ele próprio pelos aliados do ex-capitão.

“No Brasil, houve e continua a haver ataques infundados à honestidade, à integridade do processo eleitoral, em que nunca se verificou fraude”, ressaltou. “E neste momento se está articulando, novamente, os mesmos ataques. Isso não é normal. A mentira não é uma outra versão da história. A mentira é só uma mentira”.

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