CartaExpressa
Barroso rebate golpismo e diz que eleição será respeitada: ‘Não adianta apelar a quartéis e extraterrestres’
Em palestra, o ministro também explicou a decisão de responder a um manifestante em Nova York com a frase ‘perdeu, mané, não amola’
O ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso repudiou nesta sexta-feira 25 os atos golpistas promovidos por apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) desde o fim do segundo turno. Ele reforçou que o resultado do pleito, a apontar a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tem de ser respeitado.
Barroso participou de uma palestra voltada a estudantes na sede do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia, em Salvador.
“Eles têm repetido que Supremo é o povo. E é isso mesmo. Soberania popular significa a supremacia da vontade do povo, que se manifesta nas eleições”, afirmou o magistrado. “O resultado tem que ser respeitado. Não adianta apelar para quartéis e não adianta apelar para seres extraterrestres. Isso é antidemocrático”, prosseguiu. As declarações em Salvador foram registradas pelo jornal Folha de S.Paulo.
Trata-se de uma referência a um ato em Porto Alegre (RS) no qual manifestantes usaram lanternas de celulares apontadas para cima, a fim de formar uma mensagem com um pedido de socorro. As imagens foram amplamente divulgadas nas redes sociais.
No evento, o ministro também explicou sua decisão de rebater um manifestante bolsonarista em Nova York com a frase “perdeu, mané, não amola”.
“Só perdi a paciência depois de três dias. Uma horda de selvagens andavam atrás de mim me xingando de todos os nomes”, afirmou.
Relacionadas
CartaExpressa
Bolsonaro tenta retirar Zanin do julgamento de recurso contra inelegibilidade
Por CartaCapitalCartaExpressa
‘Problema interno dos EUA’: Barroso minimiza a divulgação de ofícios do STF
Por CartaCapitalCartaExpressa
STF reage e diz que relatório dos EUA não mostra a íntegra das decisões
Por André LucenaCartaExpressa
Toffoli rejeita pedido de ex-vice do Equador para barrar depoimentos de delatores da Odebrecht
Por CartaCapitalApoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.
Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.