O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, votou nesta quinta-feira 22 para reverter a declaração de parcialidade do ex-juiz Sergio Moro contra o ex-presidente Lula no caso do triplex do Guarujá, já decidida pela Segunda Turma no mês passado.
Barroso se junta a Edson Fachin e diverge de Gilmar Mendes, Kassio Nunes Marques e Alexandre de Moraes. Até aqui, o placar é três a dois a favor da manutenção da suspeição.
Barroso fez uma enfática defesa da Lava Jato e de seu suposto legado no combate à corrupção no Brasil. Também disse que a operação não contribuiu com a “criminalização da política”.
O ministro ainda criticou o “hackeamento criminoso” dos celulares de membros da força-tarefa da Lava Jato. “Passou-se a vazar a conta-gotas o produto do crime do hackeamento, para que os corruptos se apresentassem como vítimas”.
Ele chamou de ‘pecadilhos’, ‘fragilidades humanas’ e ‘maledicências’ o comportamento da força-tarefa e de Sergio Moro revelado pela série de reportagens conhecida como ‘Vaza Jato’. As matérias evidenciaram a proximidade fora dos autos entre procuradores do Ministério Público Federal e juízes, em especial contra Lula.
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