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Banco Central nega articulação para censurar entrevistas de dirigentes após chegada de Galípolo
A instituição afirma, porém, haver necessidade de ‘organização dessa variedade de instrumentos de comunicação’
O Banco Central divulgou uma nota nesta quarta-feira 19 na qual nega a possibilidade de censurar seus dirigentes. A mensagem foi publicada horas depois de o jornal Folha de S.Paulo informar que a instituição articulava uma tentativa de condicionar entrevistas ao aval de Roberto Campos Neto, o presidente da autoridade monetária.
Um documento interno revelado pelo jornal sugeriria que “assuntos afetos à comunicação com os órgãos de imprensa fiquem subordinados diretamente ao presidente do BC”. O tema teria voltado a ganhar força após Gabriel Galípolo chegar à diretoria de política monetária do banco, por indicação do presidente Lula.
“Não existe e jamais existirá censura ou cerceamento de qualquer espécie à livre manifestação dos dirigentes do BC”, afirma a instituição. “Pelo contrário, os dirigentes do BC têm sido incentivados a se manifestar mais em público.”
O texto ainda diz ser necessária a “organização dessa variedade de instrumentos de comunicação”, mas repete que “todo dirigente do BC tem pleno direito de expressar livremente suas opiniões nos canais que considerar adequados, sem necessidade de quaisquer autorização ou aprovação prévias”.
O Comitê de Política Monetária do Banco Central se reunirá no início de agosto para definir os rumos da taxa básica de juros. O atual nível da Selic, em 13,75% ao ano, está no centro das críticas de Lula a Campos Neto.
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