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Azul não vai a audiência na Câmara após Bolsonaro entrar em avião e ignorar protocolos

O gerente-geral de portos, aeroportos e fronteiras da Anvisa divulgou informações sobre um processo administrativo

Foto: Reprodução/Redes Sociais
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A companhia Azul não enviou representantes a uma audiência promovida nesta terça-feira 29 em conjunto pela Comissão de Seguridade Social e pela Comissão Externa de Enfrentamento à Covid-19 da Câmara dos Deputados.

Participaram da sessão representantes da Associação Brasileira das Empresas Aéreas, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e da Agência Nacional de Aviação Civil. Entre os responsáveis por organizar a audiência estão os deputados Alexandre Padilha (PT-SP), Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e Carmen Zanotto (Cidadania-SC).

Um dos episódios que motivaram a reunião virtual é a aglomeração causada pelo presidente Jair Bolsonaro dentro de um avião da Azul no aeroporto de Vitória (ES), em 11 de junho.

Bolsonaro apareceu de surpresa em uma aeronave que estava prestes a decolar e tirou a máscara. Sua presença dividiu os passageiros, que entoaram gritos de “mito” e “fora, Bolsonaro”. Aos opositores, o ocupante do Palácio do Planalto declarou: “Quem fala ‘fora, Bolsonaro’ devia estar de jegue viajando, né, e não de avião, para ser solidário ao candidato deles”.

O gerente-geral de portos, aeroportos e fronteiras da Anvisa, Nélio de Aquino, divulgou informações sobre um processo administrativo aberto para apurar o caso.

“Tanto a empresa aérea quanto a administradora do aeroporto foram notificadas. Nós abrimos um processo administrativo sanitário. Elas já foram autuadas: a empresa aérea por permitir a aglomeração de pessoas no interior da aeronave sem o correto uso de EPI [Equipamento de Proteção Individual], no caso, a máscara de proteção facial; e a administradora do aeroporto por permitir a aglomeração em área de check-in sem a correta utilização de EPIs. Esse processo segue o rito legal, então existe a possibilidade de a empresa apresentar esclarecimentos e depois haverá o julgamento em que se define a pena”, disse Aquino.

A Anac também investiga o caso por meio de processo administrativo.

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