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Ato de Bolsonaro no Rio provoca polêmica em paróquia: ‘Igreja não é palanque’

Em Campo Grande, fiéis reagiram a solicitações da campanha bolsonarista

Foto: Sergio Lima / AFP
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Fiéis da Igreja Matriz Nossa Senhora do Desterro se mobilizaram e divulgaram uma carta aberta sobre a passagem da campanha de Jair Bolsonaro (PL) por Campo Grande (RJ), nesta quinta-feira 27.

Apoiadores do ex-capitão pediram para usar o auditório e o estacionamento da paróquia para abrigar a comitiva presidencial. A solicitação levou a uma nota de repúdio assinada por frequentadores da igreja.

No texto, os fiéis afirmam que bolsonaristas tinham o “intuito de montar uma base para comício eleitoral” na igreja. A carta aberta, com mais de 500 signatários, diz que “igreja não é palanque”. 

“Os três clérigos católicos a que nos referimos estão acuados, com receio da não-garantia do seu direito de ‘ir e vir’ livremente. Funcionários da Igreja Matriz também estão sendo hostilizados. Estão erroneamente associando o nome da organização religiosa ao comício eleitoral, sendo que não houve nenhum apoio por parte dos religiosos da Paróquia, sobretudo do pároco (autoridade eclesial local), ou da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (autoridade eclesial superior)”, afirmam o documento.

Frequentadores da igreja ainda apontam que organizadores do ato retiraram grades da Praça Dom João Esberard, onde fica a igreja.

Em nota, a Secretaria de Conservação confirmou a retirada as grades, sem “a necessária autorização da Prefeitura, o que pode configurar dano ao patrimônio municipal, na forma do artigo 163 do Código Penal”.

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