O governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro (PL), negou que a operação policial da Vila Cruzeiro, que deixou 23 mortos, e a do Jacarezinho, que vitimou 28 pessoas, sejam chacinas. “Opinião pessoal de quem está falando”, alegou o correligionário de Jair Bolsonaro.
“Não tem nada disso, o Ministério Público foi avisado. As duas operações cumpriram exatamente os preceitos, então isso é uma opinião pessoal de quem acha que é chacina”, declarou, nesta quarta-feira 1º, após uma reunião com o ministro do STF Edson Fachin, em Brasília.
Na última segunda-feira 30, Castro já havia chamado de “vagabundos” os mortos no Jacarezinho durante a operação policial mais letal do estado.
Dos 28 mortos, um era policial: André Leonardo de Mello Farias. Ao exaltá-lo, Castro defendeu a derrubada de um monumento inaugurado na favela para homenagear os mortos na chacina.
“Cada policial que eu perco, eu perco duas vezes. Por isso que aquele memorial lá, nós tombamos ele. O nome do André não merece estar no meio de 27 vagabundos”, afirmou o governador em pronunciamento. “O único herói que merecia um memorial é o André com seu filho, da idade do meu, que chora até hoje.”
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