A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) deverá ter suas missões revistas após a decisão do governo Lula de retirar o órgão do Gabinete de Segurança Institucional e dar seu comando para a Casa Civil. As informações são do site G1 desta sexta-feira 3.
De acordo com a publicação, novas prioridades devem ser estabelecidas na agência, que agora estará longe do controle de militares. A principal delas, destaca, será a fiscalização de grupos extremistas nas redes sociais. A ação busca evitar que um novo ataque terrorista, nos moldes dos atos golpistas do dia 8 de janeiro, ocorra no País.
O foco da Abin, portanto, deixará de ser o escrutínio aos chamados inimigos do governo, política que ganhou força na gestão do general Sérgio Etchegoyen, no governo Michel Temer (MDB), e foi reforçada por Jair Bolsonaro (PL) e pelo general Augusto Heleno, ex-chefe do GSI.
A intenção agora, revela o site, é reestruturar os dois documentos que pautam a atuação da Abin: a Política Nacional de Inteligência e a Estratégia Nacional de Inteligência. Para isso, serão convocados acadêmicos. A ideia é que a agência se estruture de forma a antever, de maneira mais eficaz, eventos que possam impactar a gestão do País.
Ainda segundo o site, entre as novas prioridades que a agência terá está a necessidade de que a inteligência brasileira contribua para a definição e execução eficiente de políticas públicas. A intenção é que a Abin produza relatórios que contribuam com os pilares do governo, como o combate à fome, a proteção de povos originários, aquecimento global e desmatamento da Amazônia. O combate ao garimpo também estará na nova pauta, assim como outras contribuições para antever crises no agronegócio brasileiro.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login