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Aras é acusado de proteger Bolsonaro e pode ser investigado por prevaricação
Grupo de subprocuradores-gerais da República que já estão aposentados enviou pedido ao Conselho Superior do Ministério Público Federal
Um grupo de subprocuradores-gerais da República que já estão aposentados enviou ao Conselho Superior do Ministério Público Federal um pedido de investigação criminal contra o atual procurador-geral Augusto Aras.
No documento, eles citam suspeitas de prevaricação na conduta de Aras à frente da Procuradoria-Geral da República (PGR), com o objetivo de blindar o presidente Jair Bolsonaro.
De acordo com o jornal O Globo, a representação foi apresentada no último dia 9 de agosto e recebida pelo vice-presidente do Conselho Superior, o subprocurador-geral da República José Bonifácio Borges de Andrada.
Na sexta-feira 13, Bonifácio proferiu um despacho determinando o prosseguimento do caso, com o sorteio de um relator para a análise do pedido.
Ainda segundo o jornal, o ofício se baseia nas cobranças feitas a Aras pelos próprios ministros do Supremo Tribunal Federal em pedidos de investigações contra bolsonaristas.
“Eis os fatos claríssimos e bastantes. Indicam que o procurador-geral da República Antônio Augusto Brandão de Aras, por si próprio ou por intermédio de pessoa da sua mais estreita confiança, o vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, vem, sistematicamente, deixando de praticar ou retardando a prática de atos funcionais para favorecer a pessoa do presidente da República ou de pessoas que lhe estão no entorno”, escrevem na representação.
Assinam o documento, além de Cláudio Fonteles, os subprocuradores-gerais da República aposentados Wagner Gonçalves, Álvaro Augusto Ribeiro da Costa, Paulo de Tarso Braz Lucas e o desembargador federal aposentado Manoel Lauro Volkemer de Castilho.
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