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Após ser rifado pelo PP, Moro reafirma ser candidato ao governo do Paraná

O ex-juiz da Lava Jato disse ter autorização do presidente nacional do União Brasil para desafiar a decisão da ‘superfederação’; o PP, por sua vez, alega que ele terá que procurar outra legenda para seguir com o plano

Após ser rifado pelo PP, Moro reafirma ser candidato ao governo do Paraná
Após ser rifado pelo PP, Moro reafirma ser candidato ao governo do Paraná
O senador Sergio Moro (União-PR). Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
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O senador Sergio Moro (União) reafirmou ser um pré-candidato ao governo do Paraná mesmo após o PP, partido ao qual está ligado por uma federação, vetar na segunda-feira 8 o projeto político do ex-juiz da Lava Jato. Em nota, Moro classificou a decisão dos aliados como ‘arbitrária’.

“Política se faz com diálogo, respeito e não com vetos ou imposições arbitrárias”, escreveu o senador logo após ser rifado na disputa. “O União Brasil Paraná segue, como autorizado pelo presidente nacional, com a sua candidatura e com o diálogo com os Progressistas”, completou.

O PP optou por rifar Moro após uma desfiliação em massa de prefeitos e deputados da federação partidária que discordavam da candidatura do ex-juiz. O grupo pretendia manter a aliança com o governador Ratinho Jr. (PSD), que deve lançar seu secretário das Cidades, Guto Silva (PSD), como sucessor em 2026. Outro caminho possível é a candidatura da ex-governadora Cida Borghetti.

A decisão da sigla de não apoiar o ex-juiz, convém registrar, foi tomada por unanimidade. A reunião que referendou a posição foi feita com a presença de Ciro Nogueira, presidente nacional da sigla.

“Participei da deliberação, e o PP no Paraná não vai homologar o nome do candidato Moro. Precisamos dialogar isso com a federação. Esse é o estado mais importante para mim, o nosso principal diretório, e o único onde ainda há discussão”, disse Nogueira após o encontro com líderes estaduais do PP.

De acordo com o presidente estadual do PP, o deputado federal Ricardo Barros, Moro terá que trocar de legenda se quiser seguir como candidato. “Aqui na federação ele não terá condição de registrar sua candidatura”, explicou o parlamentar.

A decisão, conforme mostrou CartaCapital, amplia o racha na recém-criada federação. A junção das siglas, em agosto, foi oficializada com pompas e classificada como uma ‘superfederação’.

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