Após impeachment, Witzel compara tribunal a Estado Islâmico: ‘Golpe’

Primeiro governador no País a ser afastado em definitivo via impeachment desde a redemocratização ,Wilson Witzel disse pelo Twitter ter sido vítima de um golpe. Também comparou o Tribunal Especial Misto, que votou unanimidade a favor de sua condenação, ao Estado Islâmico.

“É revoltante o resultado do processo de impeachment! A norma processual e a técnica nunca estiveram presentes. Não fui submetido a um Tribunal de um Estado de Direito, mas sim a um Tribunal Inquisitório. Com direito a um carrasco nos moldes do Estado Islâmico, que não mostrou o rosto”, escreveu o governador afastado no Twitter, em alusão a Edmar Santos, seu ex-secretário de Saúde.

“O delator que escondia R$ 10 milhões no colchão virou herói neste Tribunal, e a única prova para o golpe! Todo Tribunal Inquisitório é unânime. Hoje não sou eu que sou cassado, é o Estado Democrático de Direito!”, completou.

O delator que escondia 10 milhões no colchão virou herói neste Tribunal, e a única prova para o GOLPE! Todo Tribunal Inquisitório é unânime. Hj não sou eu que sou cassado, é o Estado Democrático de Direito!

— Wilson Witzel (@wilsonwitzel) April 30, 2021

Pouco antes, Witzel bateu boca com o deputado estadual Flavio Serafini (PSOL), que celebrou a confirmação do processo.

Você deve viver em outro mundo. O planeta da mediocridade e infelizmente não tem condições de avaliar os trágicos resultados desse impeachment. Não consegue entender que eu fui cassado por combater a corrupção!

— Wilson Witzel (@wilsonwitzel) April 30, 2021

Witzel foi acusado de crime de responsabilidade de irregularidades na contratação dos hospitais de campanha na pandemia. Também foi responsabilizado por suposto favorecimento a um empresário ao anular a punição a uma organização social por sua atuação na Secretaria de Saúde. O TEM ainda decidiu que o ex-juiz permanecerá inelegível e proibido de exercer cargos públicos por cinco anos.