CartaExpressa
Após delação de Cid, defesa de Bolsonaro diz que irá à Justiça contra ‘calúnias’
O tenente-coronel afirmou que o ex-presidente se reuniu com o comando da Forças Armadas para discutir minuta golpista


A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifestou, nesta quinta-feira 21, sobre informações da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid.
Em nota, os advogados afirmam que Bolsonaro “jamais tomou qualquer atitude que afrontasse os limites e garantias estabelecidas pela Constituição e, via de efeito, o Estado Democrático de Direito”.
À Polícia Federal, Cid declarou que o ex-capitão se reuniu com representantes do Alto Comando das Forças Armadas para discutir detalhes de uma minuta golpista que inviabilizaria a posse de Lula. A informação foi revelada pelo UOL.
A defesa de Bolsonaro sustenta que pretende adotar “medidas judiciais cabíveis contra toda e qualquer manifestação caluniosa, que porventura extrapole o conteúdo de uma colaboração que corre em segredo de Justiça, e que a defesa sequer ainda teve acesso”.
Segundo a delação de Cid, o então comandante da Marinha, almirante Almir Garnier Santos, teria endossado a tese conspiracionista de Bolsonaro. O então chefe do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, afirmou por sua vez que não embarcaria no plano, de acordo com o tenente-coronel.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Depoimento de Bolsonaro entra no radar da CPMI após nova ‘bomba’ de Mauro Cid
Por CartaCapital
Citado em delação de Cid, almirante se recusou a passar comando da Marinha na presença de Lula
Por CartaCapital