CartaExpressa

Após debochar de áudios sobre tortura, Mourão chama Golpe de 1964 de ‘Revolução Democrática’

O general do Exército se envolveu em numa nova tentativa de minimizar a ditadura instalada no Brasil após a queda do presidente João Goulart

Após debochar de áudios sobre tortura, Mourão chama Golpe de 1964 de ‘Revolução Democrática’
Após debochar de áudios sobre tortura, Mourão chama Golpe de 1964 de ‘Revolução Democrática’
O General Hamilton Mourão, vice-presidente do Brasil. Foto: Suamy Beydoun/AGIF/AFP O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), cuja mulher é contratada pela Poupex. Foto: Suamy Beydoun/AGIF/AFP
Apoie Siga-nos no

O vice-presidente da República, o general da reserva do Exército Hamilton Mourão, chamou o Golpe Militar de 1964 de “Revolução Democrática”, em mais uma tentativa de minimizar a ditadura instalada no Brasil após a queda do presidente João Goulart.

Mourão publicou a mensagem nas redes em celebração pelo Dia do Exército. Escreveu o militar: “O Exército, com uma história de vitórias, desde Guararapes, quando índios, brancos e negros combateram os holandeses, passando pela Guerra do Paraguai, 2ª GM e pela Revolução Democrática de 1964 até os dias atuais, preserva a soberania e contribui com o Brasil. Parabéns ao EB!”.

A publicação ocorre um dia depois de Mourão recorrer à ironia ao ser questionado sobre uma possível investigação de torturas cometidas durante a ditadura militar.

“Apurar o quê? Os caras já morreram tudo, pô. [risos]”, afirmou na segunda-feira 18. “Vai trazer os caras do túmulo de volta?”

A pergunta ao general se referia aos áudios, divulgados pelo jornal O Globo, de sessões do Superior Tribunal Militar em que ministros reconhecem que presos políticos foram torturados no País.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo