CartaExpressa
Após ataque de deputado do PL, CPI do MST tem a 1ª briga nesta terça
O bolsonarista Éder Mauro (PL-PA) associou o movimento a ‘bandidos’ e gerou revolta em parte da comissão
Em sua primeira hora de trabalhos, a CPI do MST teve, nesta terça-feira 23, um momento de tensão estimulado pelo deputado bolsonarista Éder Mauro (PL-PA), que associou o movimento a “bandidos”.
Deputados de esquerda, como Valmir Assunção (PT-BA), Talíria Petrone (PSOL-RJ) e Sâmia Bomfim (PSOL-SP) reagiram às alegações de Mauro.
“Ela [a CPI] está apurando situações de um grupo que não é um movimento social, mas um movimento de marginais que invadem, quebram e põem fogo em sedes de fazendas”, disse o bolsonarista. “Um movimento de bandidos que matam animais.”
As acusações geraram a revolta de parte da comissão. “Acusado de tortura” e “marginal é torturador” foram alguns dos gritos ouvidos ao fundo, enquanto Éder Mauro tentava retomar a palavra.
Em 2016, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal arquivou uma ação a acusar Éder Mauro, então filiado ao PSD, de tortura. Segundo o processo, atos de violência física e mental teriam sido cometidos contra um suspeito de tráfico de drogas e sua família.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também
Deputado quer convocar Lewandowski à CPI do MST por elogios ao movimento
Por Wendal Carmo
Não somos criminosos e usaremos a CPI para apresentar a Reforma Agrária, diz MST
Por CartaCapital



