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Após 100 dias, Ariel de Castro Alves deixa secretaria no Ministério dos Direitos Humanos
O motivo da exoneração, apurou CartaCapital, seriam divergências entre o advogado e o ministro Silvio Almeida


O advogado Ariel de Castro Alves foi exonerado da Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, ligada ao Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania. A exoneração consta em edição do Diário Oficial da União desta quinta-feira 4.
Especialista em políticas de direitos humanos e segurança pública pela PUC- SP, Ariel foi escolhido para o cargo no dia 03 de janeiro de 2023 e esteve à frente da secretaria por 100 dias.
Ele também atuou diretamente na crise humanitária da etnia yanomami, em Roraima, e coordenou os trabalhos da transição entre governos na área dos Direitos Humanos.
O motivo da exoneração, apurou CartaCapital, seriam divergências entre o advogado e o ministro Sílvio Almeida.
Enquanto o titular da pasta entendia a secretaria como “uma espécie de assessoria do Ministério”, Ariel defendia que o órgão dialogasse com outras instâncias da estrutura federal.
Por ora, ainda não há indicativo de quem o substituirá. O posto será ocupado de forma temporária por Maria Luiza Moura Oliveira, diretora de Proteção da Criança e do Adolescente da pasta.
Em nota, o Ministério dos Direitos Humanos afirmou que a exoneração foi tomada “em razão de um necessário ajuste administrativo com base nos objetivos e estratégias alinhavados pelo Gabinete Ministerial, sem prejuízo do respeito à trajetória profissional do ex-secretário”.
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