A Anvisa encaminhou na noite de segunda-feira 10, ao Supremo Tribunal Federal (STF), os documentos pendentes para a análise da vacina russa Sputnik V. O envio aconteceu depois de uma decisão do ministro Ricardo Lewandowski, que deu 48 boras para a agência dizer quais informações faltam para a aprovação do imunizante.
O pedido foi feito pelo governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB). Ao acionar o STF, o governo maranhense afirmou já ter solicitado acesso, “com urgência, [a] todos os relatórios técnicos, em seu inteiro teor, que embasaram a decisão denegatória da Diretoria Colegiada”.
A gestão estadual argumenta, porém, que “até a presente data não houve resposta da Anvisa a respeito de tal pleito de acesso aos autos do processo administrativo, o que dificulta sobremaneira a elucidação das dúvidas da Agência Reguladora e o exercício do contraditório por este requerente”.
No dia 26 do último mês, a Anvisa negou o pedido de importação da Sputnik V feito por dez estados brasileiros, inclusive o Maranhão. Em reunião colegiada, os diretores da Agência concluíram que faltavam informações que garantissem a qualidade, a eficácia e, especialmente, a segurança do imunizante.
Nesta terça-feira 11, o presidente da agência, Antonio Barra Torres, será ouvido pela CPI da Covid no Senado Federal. Entre outros assuntos, a vacina russa será um dos temas.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login