A Americanas acusou o banco BTG Pactual de “participação, conivência e culpa” no rombo bilionário cujo anúncio deu início à crise da varejista. A informação foi divulgada nesta quarta-feira 1º pelo jornal O Estado de S. Paulo.
De acordo com o veículo, a Americanas apresentou a acusação ao Superior Tribunal de Justiça, como recurso de um processo em que a empresa disputa com o banco a obtenção de 1,2 bilhão de reais.
Os advogados da empresa alegam que os auditores contratados pela Americanas haviam encaminhado ao BTG um pedido de “todo e qualquer passivo, incluindo-se eventuais empréstimos bancários e garantias”.
Neste caso, as dívidas da Americanas também deveriam ter sido informadas pelo BTG, mas isso não teria ocorrido. A varejista sustenta que o banco só indicou os seus ativos, o que teria contribuído para as inconsistências contábeis.
Em nota, o BTG afirmou que “a elaboração e aprovação de demonstrações financeiras que espelhem a realidade da companhia são responsabilidade única, exclusiva e não transferível da própria companhia e sua administração, incluindo sua diretoria e seu conselho de administração”.
“É completamente inconcebível alegar que o BTG Pactual iria compactuar com prática que poderia comprometer a sua exposição junto à companhia. A leviana criação de narrativas no intuito de atribuir aos Bancos qualquer tipo de responsabilidade neste lamentável episódio tem por objetivo desviar a atenção do problema central”, diz o texto.
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