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Alinhado a Bolsonaro, Lira diz defender ‘auditagem mais transparente’
O presidente da Câmara reconhece que não há indícios de fraude nas urnas, mas abraça parcialmente a obsessão bolsonarista
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), defendeu nesta quarta-feira 4 que, apesar de não existir qualquer indício de fraude nas urnas eletrônicas, haja uma “auditagem mais transparente”, a fim de evitar contestação ao resultado de eleições.
Assim, Lira abraça parcialmente uma bandeira que se tornou a principal obsessão de Jair Bolsonaro: o ‘voto impresso auditável’.
“Eu não tenho nenhum fato relevante que eu possa falar que houve fraude nas urnas eletrônicas. Eu não posso desconfiar do sistema em que eu fui eleito”, disse Lira à Rádio Bandeirantes.
“Mas a discussão é: se não há falhas, se não há problema, por que nós ficarmos discutindo essa versão? Por que essa versão cresce? O Brasil é feito com problemas de versões, é isso que a gente tenta combater”, prosseguiu.
Então, completou Lira, “se não há problemas, não há por que nós não chegarmos numa situação de termos uma auditagem, seja lá de que maneira for, de forma mais transparente, para que não se tenha uma eleição, independente de quem seja eleito, contestada”.
A declaração de Lira se dá em um contexto de intensificação dos ataques de Bolsonaro ao sistema eleitoral brasileiro, inclusive com ameaças à realização das eleições no ano que vem. Como reação, o Tribunal Superior Eleitoral abriu um inquérito administrativo e mandou uma notícia-crime contra o presidente ao Supremo Tribunal Federal que pode colocá-lo na mira do Inquérito das Fake News.
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