CartaExpressa
Aliado, Ciro Nogueira diz que hoje Bolsonaro não seria reeleito
Se você faz uma pesquisa de opinião, o governo não tem uma imagem positiva na pandemia, admite


O senador Ciro Nogueira (PP-PI), aliado de peso do presidente Jair Bolsonaro e líder do Centrão, admitiu que hoje a reeleição do chefe do executivo seria muito improvável.
Em entrevista ao Valor Econômico, o senador da tropa de choque bolsonarista na CPI da Covid afirmou que Bolsonaro “está no pior momento por conta da situação do país”.
“Hoje, se você faz uma pesquisa de opinião, o governo não tem uma imagem positiva na pandemia. Essa mesma imagem se reflete na intenção de voto. É mais ou menos a mesma coisa”, disse o parlamentar.
Nogueira, no entanto, acredita na reeleição de Bolsonaro em 2022. “Hoje o presidente tem minoria, mas tenho certeza que vai chegar com a maioria no próximo ano. Não é a CPI que determina isso”.
“Já existe uma percepção de que a pessoa tem direito à reeleição. Isso já está no sentimento [da população]. Para a pessoa não ser reeleita tem que estar um desastre. Hoje, ele [Bolsonaro] não seria reeleito, mas no próximo ano a perspectiva é muito boa”, acrescentou.
Na conversa, o senador ainda disse ter um “carinho enorme pelo Lula”, mas que não acredita em sua eleição.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.
Leia também

O Lula que enfrentará Bolsonaro precisa vestir o figurino centrista
Por Esther Solano
Antibolsonarismo será maior que antipetismo em 2022, avaliam cientistas políticos
Por Alisson Matos