CartaExpressa
Além de prevaricação, Bolsonaro pode responder por corrupção ativa e passiva
Vice-presidente da CPI da Covid, Randolfe Rodrigues, ainda cita o tráfico de influência; ‘estamos procurando os liames entre os crimes’, diz


O vice-presidente da CPI da Covid, Randolfe Rodrigues (REDE-AP), afirmou que o presidente Jair Bolsonaro cometeu, no mínimo, crime de prevaricação ao não tomar providência após receber a denúncia de que havia irregularidades na compra da vacina indiana.
Em entrevista ao jornal O Globo, Rodrigues disse que há outras acusações contra o chefe do Poder Executivo.
“Para nós da CPI, não tem dúvida o crime de prevaricação no caso da Covaxin. Esse crime não há dúvidas. O que nós estamos investigando é por que o presidente prevaricou. O senhor presidente, tendo recebido a notícia de um esquema de corrupção em curso no âmbito do Ministério da Saúde, não tomou providências”, declarou.
“E também há outros crimes. Nós estamos procurando os liames entre os crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, tráfico de influência e os demais”, acrescentou.
Para o senador, o relatório final da CPI deve apontar para a responsabilização de Bolsonaro.
“Até agora, todos os elementos e indícios apontam para a responsabilidade, não para uma responsabilidade, mas para responsabilidades do Presidente da República”, disse.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.