CartaExpressa
AGU pede ao STF que prorrogue por 90 dias prazo de negociação com a Eletrobras
O governo reivindica maior participação no conselho administrativo da empresa, e gera impasse com sócios privados
A Advocacia Geral da União pediu ao Supremo Tribunal Federal que prorrogue por mais 90 dias o prazo de tratativas com a Eletrobras.
No pedido, encaminhado ao ministro Kassio Nunes, o governo justifica a medida para ampliar a presença do governo no conselho de administração da companhia.
O ministro decidiu que a mediação com a estatal seria feita pela Câmara de Mediação e de Conciliação da Administração Pública Federal e, aproximado o prazo estabelecido para o fim das negociações, em 9 de abril, ainda não se chegou a um consenso.
O governo alega que ainda detém quase 47% das ações ordinárias da Eletrobras mesmo após a privatização – e, por isso, roga maior participação no conselho. Tem defendido ainda que limitar o poder de voto da União, apesar da presença ainda relevante do Estado no capital da empresa, fere o princípio constitucional da razoabilidade, proporcionalidade e impessoalidade na administração pública.
Já a proposta dos sócios privados é a de aumentar o número total de membros do conselho para 11 e oferecer duas cadeiras ao governo.
No pedido, a AGU reitera a confiança na possibilidade de que uma solução consensual seja alcançada, mas ressalta que a extensão do prazo é necessária diante da elevada complexidade da situação jurídica e dos diversos atores e interesses que precisam ser compatibilizados.
Relacionadas
CartaExpressa
Todos os bairros de São Paulo estão com epidemia de dengue, diz boletim
Por CartaCapitalCartaExpressa
Prefeito cassado por compra de votos é reeleito em cidade gaúcha um mês depois
Por André LucenaCartaExpressa
TSE se reúne com partidos e quer regularizar contas
Por CartaCapitalApoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.
Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.