Agressão e desinformação que leva à morte não são liberdade de expressão, diz Barroso

O presidente do TSE ainda repudiou "a mentira deliberada, o ódio e as teorias conspiratórias' e pediu o apoio das mídias sociais

Luís Roberto Barroso, ministro do Supremo Tribunal Federal. Foto: Rosinei Coutinho/STF

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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Roberto Barroso, declarou em sessão nesta quinta-feira 19 que o incentivo a “posições anticientíficas” não deve se confundir com a liberdade de expressão.

A declaração de Barroso vem três dias depois de o corregedor-geral da Justiça Eleitoral, Luís Felipe Salomão, determinar que as redes sociais e as plataformas de vídeo suspendam a monetização de conteúdos publicados por páginas e pessoas investigadas em inquérito administrativo que corre no TSE. Dentre os perfis listados estão os de deputados e influenciadores bolsonaristas.

“A mentira deliberada, o ódio, as teorias conspiratórias e a difusão da desinformação incentivando a agressão, posições anticientíficas que levam à morte das pessoas, isto não é neutro, não é protegido pela liberdade de expressão. Não há dinheiro que se possa ganhar com isso que justifique uma neutralidade que, na verdade, é um proveito financeiro do mal que nós precisamos enfrentar”, disse Barroso.

“Faço aqui um apelo às plataformas tecnológicas: dinheiro não é tudo na vida. É preciso cultivar valores que mantenham o tecido social com um mínimo de civilidade e de urbanidade”, acrescentou o presidente do TSE.

 


 

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