CartaExpressa
Agentes malignos’: Fundador do Telegram anuncia nova operação para eliminar conteúdos ilegais
Executivo chegou a ser preso e foi indiciado por várias acusações relacionadas à inação contra o conteúdo extremista e ilegal
O fundador e diretor-executivo do Telegram, Pavel Durov, afirmou, nesta segunda-feira (23), que a plataforma removeu mais “conteúdo problemático”, semanas depois de ter sido detido na França por supostamente não ter agido contra criminosos que utilizam o aplicativo de mensagens.
Há “pessoas” que “abusaram” do motor de busca do Telegram, “violando nossas regras de uso para vender bens ilegais”, escreveu Durov em seu canal na plataforma, que conta com 13 milhões de seguidores.
“Nas últimas semanas”, utilizando ferramentas de Inteligência Artificial, os funcionários do Telegram se certificaram de que “todo o conteúdo problemático foi identificado pelo motor de busca e já não é mais acessível”, indicou.
Durov afirmou que a plataforma atualizou suas regras de uso e sua política de privacidade para deixar claro que transmitiria às autoridades os detalhes dos usuários que infringissem as normas, incluindo endereços IP e números de telefone, “em resposta a solicitações legais válidas”.
“Não permitiremos que agentes malignos coloquem em risco a integridade da nossa plataforma para quase 1 bilhão de usuários”, destacou Durov.
Durov, de 39 anos, foi preso no dia 24 de agosto após aterrissar, com seu jato particular, em um aeroporto ao norte de Paris.
Após quatro dias de detenção, o executivo foi indiciado por várias acusações relacionadas à inação contra o conteúdo extremista e ilegal publicado em seu aplicativo.
Durov foi liberado sob fiança de 5 milhões de euros (R$ 30,8 milhões) e com a condição de não deixar a França e de se apresentar às autoridades duas vezes por semana.
O empresário inicialmente criticou sua prisão, mas desde então tomou várias medidas para atender às solicitações da justiça francesa.
Durov afirmou em 6 de setembro que o Telegram modificaria seu mecanismo de busca para mostrar apenas “empresas legítimas e verificadas”.
“Nos comprometemos para que a moderação no Telegram, atualmente criticada, seja uma fonte de orgulho”, declarou na ocasião.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.


