O policial federal Lucas Soares Dantas Valença, de 36 anos, foi morto na madrugada da quarta-feira 2, em Buritinópolis, no centro de Goiás, após invadir uma propriedade rural e ser baleado pelo morador, segundo a Polícia Civil. O agente ficou conhecido como “hipster da Federal” após escoltar o então deputado federal cassado Eduardo Cunha, em Brasília.
O homem que atirou narrou à Polícia que estava em sua casa na companhia da esposa e da filha do casal de 3 anos quando ouviu barulho de gente em volta da residência, além de xingamentos. Ainda de acordo com o homem, o policial teria desligado a chave de energia da casa e arrombado a porta da sala, momento em que o morador, com medo, atirou contra ele com uma espingarda. O tiro atingiu a barriga de Lucas. O morador alegou legítima defesa.
O morador chegou a chamar socorro, uma ambulância chegou a ir até o local, mas o policial já se encontrava morto.
Segundo amigos e familiares, Lucas Valença se encontrava em surto psicótico desde o dia anterior, conforme o boletim de ocorrência. Ele teria gritado do lado de fora dizendo que “havia um demônio” na residência, antes da invasão.
O morador chegou a ser detido por posse irregular de arma de fogo, mas pagou fiança e aguarda a resolução do caso em liberdade. “Como as circunstâncias do fato indicam que o autor agiu em legítima defesa, estava dentro da sua casa e defendendo a família, optamos por continuar as investigações somente por meio de inquérito”, esclareceu o delegado Adriano Jaime que conduz as investigações.
Em sua última publicação nas redes sociais, o agente aparece ao lado do presidente Jair Bolsonaro em uma formação de novos policiais federais.
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