Acusada de antissemitismo pela Conib, Gleisi rebate: ‘Não toleram críticas ao governo de Israel’

O ataque ocorre após a presidenta do PT se manifestar contra uma ação judicial movida pela entidade contra o jornalista Breno Altman

A presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

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A presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou que uma nota divulgada pela Confederação Israelita do Brasil em resposta às suas declarações demonstra que a entidade “não tolera críticas ao governo de ultradireita de Israel“.

Em publicação no X (ex-Twitter) nesta terça-feira 2, a congressista rebateu as acusações de que estaria disseminando “antissemitismo” e prometeu não se calar diante das “pressões indevidas” da Conib.

“Nunca fizemos nem estimulamos declarações ou atitudes antissemitas, pois respeitamos todos os povos e religiões”, acrescentou. “Criticamos sim e continuaremos criticando o massacre do povo palestino pelo governo Netanyahu, em Gaza e na Cisjordânia, que há muito extrapolou o legítimo argumento da defesa de Israel e se transformou em operação de genocídio”.


A reação da Conib ocorre após Gleisi se manifestar contra uma ação judicial movida pela entidade contra o jornalista Breno Altman, fundador do site Opera Mundi. No sábado, um juiz de São Paulo determinou a remoção de publicações feitas por Altman nas redes sociais sobre o conflito em Gaza.

“Não podemos ser coniventes com essa perseguição. A intolerância não é de Altmann [sic], mas de uma entidade que nega aos judeus o direito de não aceitar a doutrina sionista, responsável pelo histórico massacre do povo palestino”, escreveu a petista.

Após a publicação, a Conib disse repudiar a fala de Gleisi e voltou a declarar que Altman “promove o antissemitismo e a desinformação, relativizando os assassinatos e estupros cometidos pelo Hamas e chamando judeus de ratos”.

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