CartaExpressa

Acordo fechado em SP devolverá US$ 44 milhões desviados na gestão Maluf

Com as custas processuais, o montante pode chegar a US$ 60 milhões

Acordo fechado em SP devolverá US$ 44 milhões desviados na gestão Maluf
Acordo fechado em SP devolverá US$ 44 milhões desviados na gestão Maluf
O ex-prefeito paulistano Paulo Maluf. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
Apoie Siga-nos no

O Ministério Público e a Prefeitura de São Paulo assinaram nesta terça-feira 24 um acordo para a devolução de 44 milhões de dólares – mais de 220 milhões de reais – aos cofres públicos. Com as custas processuais, o montante pode chegar a 60 milhões de dólares.

Trata-se da consequência de uma ação civil pública contra o ex-prefeito da capital Paulo Maluf por desvio de verbas em obras da Avenida Jornalista Roberto Marinho e do Túnel Ayrton Senna, entre 1993 e 1996.

O valor é inferior ao prejuízo ao município com os desvios, que, segundo o MP, ultrapassam os 300 milhões de dólares. O dinheiro teria sido enviado para contas no exterior.

O acordo também foi assinado por representantes da empresa Eucatex (pertencente à família de Maluf). O pagamento terá a intermediação do banco BTG Pactual, que comprará ações da companhia que pertenciam às offshores usadas para desviar o dinheiro.

“O acordo de hoje não exclui ninguém da família Maluf”, sustentou Silvio Marques, da Promotoria do Patrimônio Público. “Faltam pelo menos 250 milhões de dólares, que a família Maluf tem para pagar.”

O acordo ainda tem de ser homologado pela 4ª Vara de Fazenda Pública da capital.

ENTENDA MAIS SOBRE: , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo