CartaExpressa

À beira das 500 mil mortes por Covid, Bolsonaro diz que a ‘liberdade’ vale mais que a vida

A apoiadores no Pará, o presidente criticou a ‘sanha ditatorial de alguns governadores que retiraram o direito de ir e vir’

À beira das 500 mil mortes por Covid, Bolsonaro diz que a ‘liberdade’ vale mais que a vida
À beira das 500 mil mortes por Covid, Bolsonaro diz que a ‘liberdade’ vale mais que a vida
Foto: Reprodução/TV Brasil
Apoie Siga-nos no

O presidente Jair Bolsonaro voltou a ofender governadores e discusar contra o distanciamento social nesta sexta-feira 18, durante uma cerimônia de entrega de títulos de propriedade rural no Pará.

A concessão dos títulos, disse o ocupante do Palácio do Planalto, ajuda a “afastar as atividades nefastas do MST”. Ele também declarou que a propriedade privada é “sagrada”, a exemplo do disposto no artigo 5º da Constituição Federal.

“O nosso direito de ir e vir é sagrado, nosso direito ao trabalho também, nossa liberdade de culto. E eu lamento que muitos governadores usurparam disso e fecharam o comércio, obrigaram o povo a ficar em casa, decretaram lockdowns e toques de recolher”, prosseguiu Bolsonaro.

“Essas atitudes, além de não recomendáveis, atingem a dignidade da pessoa humana. Este presidente que vos fala não fechou um botequim sequer. Muito pelo contrário”.

Dirigindo-se a apoiadores, Bolsonaro disse ter pela frente “um grande desafio”: enfrentar o que chamou de “sanha ditatorial de alguns governadores, que retiraram o direito de ir e vir de vocês”. Segundo ele, “essa nossa liberdade é o nosso bem maior, maior até do que a nossa própria vida”.

De acordo com a mais recente atualização do Conselho Nacional de Secretários de Saúde, divulgada na quinta-feira 17, o Brasil tem 496.004 óbitos em decorrência da Covid-19.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo